A Teologia da Prosperidade?

Uma parábola que é bem curtinha, mas traz uma grande realidade da igreja, é a parábola do fermento e da farinha. Vejamos: ...O reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinhas, até que tudo seja fermentado (Mt 13:33). A princípio, temos a impressão que Jesus está exaltando o crescimento do Evangelho e da igreja, mas é exatamente o contrário. A farinha, na Bíblia, indica pureza. Quando Abraão recebeu a visita de três anjos, ele mandou Sara lhes preparar três medidas de flor de farinha (Gn 18:6). Era uma farinha bem refinada.

Ao contrário disto, o fermento tem um sentido negativo em toda a Bíblia. Os hebreus tinham que comer, na páscoa, pão sem fermento. Os chamados pães asmos. Jesus comparou a doutrina herética dos fariseus ao fermento. O apóstolo Paulo declara: Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova, assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi sacrificado (I Co 5:7). O fermento representa a proliferação do pecado, e a farinha representa a pureza.

Se Jesus falou que uma mulher misturou o fermento com a farinha, ele está querendo dizer que haverá uma mistura do santo com o profano, do fiel com o infiel, da igreja com o mundo. Quando falo mundo não me refiro à cultura, mas sim aos conceitos malignos do mundo. Para ver esta parábola profética se cumprindo, é só dar uma olhadinha em algumas igrejas. Os conceitos de sucesso financeiro de Lair Ribeiro e da Programação Neurolingüística ocupam os nossos púlpitos e as verdades bíblicas são deixadas de lado. Algumas igrejas só enfatizam o que as pessoas ganharam financeiramente quando vieram para o Evangelho. A Teologia da Prosperidade, originada nos E.U.A. com Essek William Kenyon e com Keneth E Hagin, se espalha pelo Brasil e faz a cada dia a igreja de Cristo ser mais gananciosa e cega.

Milhares de campanhas são criadas com o objetivo de fazer as pessoas darem o pouco dinheiro que têm, com a promessa de que Deus lhes dará o dobro, ou triplo. Deus é colocado na posição de criado e como alguém que tem a obrigação de dar aquilo que os filhinhos mimados determinam. Alguns citam o que Paulo disse:Posso todas as coisas naquele que me fortalece (Fp 4:13). Usam este texto para falarem que Paulo podia ganhar muito dinheiro, ter muito sucesso, ser melhor do que os ímpios, etc. Oh, quão grande ignorância! É só ler o versículo 12 e perceber que ele estava passando por necessidades e até fome. Quando escreveu esta carta, Paulo estava na cadeia. Os pregadores do Evangelho Financeiro estão colocando fermento na farinha. De fato, o resultado é um aparente crescimento, mas na realidade é um inchaço vazio.
As igrejas estão na mídia, no rádio, na TV, etc, e isto é muito bom, mas estamos passando por um falso crescimento, um crescimento onde o Evangelho é misturado com conceitos falidos. Hoje se "converte" um monte de artistas e cantores, e com menos de um mês de Evangelho já estão dando testemunhos e vendendo CD´s. Artistas que estão jogados para escanteio acham nas igrejas um ótimo meio de ganhar dinheiro. E muitos têm trazido escândalos para o Evangelho. E mesmo muitos "artistas de Jesus" que sempre foram "evangélicos", incluindo os cantores e pregadores famosos, cobram quantias altíssimas em dinheiro para fazer a "obra de Deus. Até mesmo em época de eleições as mega-igrejas se enchem de candidatos interessados em votos.

Infelizmente, tudo isto é inevitável, visto que Jesus profetizou através desta parábola que esta mistura aconteceria. Não nos esqueçamos, que a igreja dos últimos tempos é rica, bonita, pomposa, de nada tem falta, mas o diagnóstico divino é: Tu és pobre, cego, desgraçado, miserável e nu. Não se esqueça, aqueles que mudam a verdade de Deus sofrerão mais dura condenação e mais ainda aqueles que conheceram a verdade do Senhor e preferiram pervertê-la.

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O nome "Bíblia" vem do grego "Biblos", nome da casca de um papiro do século XI a.C.. Os primeiros a usar a palavra "Bíblia" para designar as Escrituras Sagradas foram os discípulos do Cristo, no século II d.C.

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