A Inquisição


Um dos métodos usados para suprimir os valdenses e outros "hereges" foi a Inquisição. Ela começou em 1180, quatro anos antes de Waldo ter sido excomungado pelo papa.

De 1180 até 1230, a ICR preparou a legislação canônica (Lei Canônica) contra a heresia. Criou um tribunal permanente, a cargo dos frades dominicanos, o qual ficou sendo conhecido como "Inquisição".

A Inquisição usava métodos condenados nas cortes seculares normais. Usava informantes anônimos. Às pessoas acusadas não era permitido saber quem as havia acusado e não tinham o direito de conseguir quem as defendesse. Às pessoas era permitido acusar os seus inimigos. Aos inquisidores era permitido usar a tortura, para conseguir que o acusado "confessasse". Uma vez que a pessoa fosse acusada, algum tipo de punição lhe era infligido. Se os oficiais seculares se recusassem a punir as vítimas, eles mesmos poderiam se transformar em vitimas.

Se uma quantidade suficiente de testemunhas confirmasse que o acusado era realmente culpado, ele seria condenado. E teria de escolher entre confessar e renunciar aos seus "erros", ou então se calar e ser queimado. Se confessasse, ficaria na prisão pelo resto da vida, mas seria poupado da estaca.

Quando os governos seculares tentavam resistir aos métodos da Inquisição, os papas os pressionavam com a excomunhão e colocavam os seus súditos em interditos. Por exemplo, o Rei Eduardo VII protestou contra a tortura, dizendo que esta era contra a lei inglesa. O papa Clemente V lhe disse que a lei da ICR era maior do que a lei da Inglaterra. O papa assim falou: "Fomos informados de que vós proibistes a tortura como sendo contrária às leis de vossa terra. Ordeno-vos, imediatamente, que vos submetais aos homens da tortura".

O papa dava ordens ao rei da Inglaterra e este obedecia. A nação inglesa deu um gigantesco passo para trás e começou a torturar os seus cidadãos.

A Inquisição era financiada pelo confisco das propriedades das pessoas condenadas, assim conseguindo verba para as suas operações. Esse era um dos motivos mais fortes para obrigar a vítima a "confessar".

Na Espanha, os inquisidores costumavam ficar com todo o dinheiro. Noutros países, o dinheiro era dividido entre os inquisidores e o Vaticano.

Nem mesmo o túmulo servia de proteção para o confisco de propriedades. Cadáveres de homens e mulheres eram acusados de heresia e isso permitia que os inquisidores os exumassem, julgassem e se apossassem das propriedades dos seus herdeiros.

Algumas pessoas eram acusadas de heresia por motivos absurdos. Certo homem deixou de tirar o chapéu, quando passava uma procissão pela rua. Estava chovendo e ele teve de pagar um alto preço por ter resolvido permanecer enxuto. Foi acusado de "blasfêmia ordinária e extraordinária". Teve as mãos amputadas, a língua arrancada com uma pinça e, em seguida, foi queimado vivo.

Em 1545, a Inquisição publicou o "Index Librorum Prohibitorum". Os católicos eram ameaçados de condenação se lessem os livros ali contidos. O Index continha todos os livros dos autores protestantes, bem como as suas Bíblias.

Na Espanha, possuir um desses livros era motivo de condenação. O Index continuou vigorando, até que o papa Paulo VI o aboliu, em 1959 [Isso foi feito tendo em vista o lançamento do próximo Concílio Vaticano II, e do Ecumenismo que nele seria lançado oficialmente].

No século XVIII, a Inquisição ficou sem verba e se tornou inativa. Sua última execução foi no início do Século XIX (1826). Um mestre escola espanhol foi executado por ter substituído nas preces escolares a frase "Ave Maria" por "Louvado seja Deus".

O Santo Ofício da Inquisição ainda existe, no Vaticano. Em 1965 (final do Concílio Vaticano II), o seu nome foi trocado para "Congregação para a Doutrina da Fé", sob a liderança do Cardeal Joseph Ratzinger.

Será que Jesus e os discípulos matavam as pessoas que falavam coisas ofensivas contra eles? Elias invocou fogo sobre os sacerdotes de Baal. E Jesus?

"E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram: Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também fez? Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis de que espírito sois". (Lucas 9:54,55).

Existe uma história antiga sobre um homem que perguntou a uma mulher: "Você dormiria comigo por um milhão de dólares?" Ao que ela respondeu: "Por um milhão de dólares, bem, poderia ser..." Ao que ele continuou: "você poderia dormir comigo por cinco dólares?". Ela respondeu: "Que tipo de mulher você acha que eu sou?" O homem completou: "O assunto já estava decidido, apenas eu quis regatear o preço...".

Como vemos, um milhão de dólares é um argumento forte. Acusar publicamente o papa de ser o Anticristo também é uma provocação forte...

Matar hereges por causa de suas convicções religiosas jamais poderia ser justificável. É como disse um certo homem: "Ou a vítima resiste e, eles matam o seu corpo, ou então ela se rende, negando a própria consciência e, então, lhe matam a alma".

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O nome "Bíblia" vem do grego "Biblos", nome da casca de um papiro do século XI a.C.. Os primeiros a usar a palavra "Bíblia" para designar as Escrituras Sagradas foram os discípulos do Cristo, no século II d.C.

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