O
grupo estava cantando animadamente, a bateria estava soando, os guitarristas
estavam tocando animados com a audiência que cooperava batendo as palmas e os pés - mas o Espírito não estava ali. Eles cantaram por mais de uma
hora, levando a uma emoção crescente, depois se sentaram com um sentimento de
bem estar - mas o Espírito não estava
ali. O pregador apresentou sua mensagem, contou suas estórias, fez todos
rirem e chorarem - mas o Espírito não
estava ali. Ele começou seu apelo, explicou apelando para que as pessoas
viessem à frente para serem salvas, outras para que re-dedicassem suas vidas,
outros para receberem cura interior, outros para compartilharem com os
conselheiros a respeito dos seus problemas. Uma multidão veio à frente. Um
homem disse a si mesmo, "Eu quero ser feliz como estas pessoas", e
foi à frente - mas o Espírito não estava
ali. Depois do culto, quando as pessoas estavam conversando umas com as
outras sobre suas atividades e planos, ninguém percebeu que o Espírito Santo não estava no seu meio.
Mais
abaixo, na mesma rua, em outra igreja, o pastor anunciou os hinos que iriam
cantar. Leram um salmo em uníssono, a congregação cantou - mas o Espírito não estava ali. A nova versão internacional da
Bíblia foi lida - mas o Espírito não
estava ali. O pregador orou pela congregação, pela comunidade; agradeceu a
Deus pelo Evangelho - mas o Espírito não
estava ali. Depois do culto a congregação em silêncio foi para casa, tão
consciente quanto o seu pastor de que as coisas ali não estavam como deveriam
estar, nem como poderiam estar, já que eram de uma igreja que representava o
Deus verdadeiro.
Quando
a bênção de Deus é removida de uma igreja evangélica que está adorando no
sistema tradicional, os resultados são imediatos e patéticos. Se o Espírito de
Deus não está presente no louvor das pessoas e na proclamação do pregador nada
mais resta do que uma igreja vazia e ôca. No entanto, quando o Espírito sai de
uma igreja que tem muitas palmas, muitos cânticos, uma banda que toca, sermões
em ritmo acelerado, muito riso, muita alegria e muitas chamadas à frente,
pode-se passar até um milênio ou dois antes que alguém perceba que o Espírito
Santo se foi -- porque mesmo quando Ele não está presente, as pessoas agem como
se Ele estivesse, e a atmosfera ali é uma atmosfera "religiosa".
Um
dia o pastor se prostrou diante de Deus e clamou, "Senhor, eu não posso
continuar sem a tua bênção. Davi nos diz que podes restaurar a minha alma. A
minha alma fica aqui prostrada diante de Ti precisando ser restaurada. Eu
pareço fazer tudo como um robô religioso sem sequer pensar em Ti Senhor, ou
invocar a Tua ajuda" - Então o Espírito começou a se mover.
O
pastor começou a buscar na Bíblia as marcas da presença do Espírito Santo. Ele aprendeu
que aquele pecado persistente na vida de uma pessoa ou aquele pecado
escandaloso que todos na congregação conhecem, que é tolerado e aceito, apaga o
Espírito Santo. Se Ele como pregador representasse mal a Palavra de Deus,
omitisse o caminho da salvação, ou tivesse comunhão com os descrentes,
entristeceria o Espírito Santo de Deus. Ele descobriu que se orasse com ousadia
a respeito do pecado, da justiça e do juízo, o próprio Espírito Santo viria e
faria parte da sua pregação para testificar a respeito destas realidades. O
mais importante de tudo, se ele glorificasse o Senhor Jesus Cristo e voltasse a
falar mais dEle como o Filho de Deus e o salvador de todo aquele que nEle crer,
então o trabalho que o Espírito faria com a maior alegria seria assisti-lo e
abençoá-lo. Ele aprendeu esta grande lição, como se pela primeira vez tivesse
aprendido que o Espírito Santo é dado a todo aquele que obedece a Palavra de
Deus. Ele passou a buscar com toda dedicação a mudança de sua vida,
disciplinado, mais dedicado ao estudo da Palavra de Deus, passando muito tempo
na presença do Salvador, evitando aqueles padrões de vida que o deixavam
preguiçoso diante da televisão negligenciando sua família. Ele saiu a buscar as
pessoas que ele há muito tempo via nos arredores da igreja mas nunca
participando realmente e falar-lhes da necessidade de se entregarem realmente a
Cristo. Ele começou a passar muito mais tempo no preparo dos seus sermões,
pensando nas pessoas para as quais estaria ministrando a Palavra e pensando no
Deus que estaria representando, quando estivesse lendo a Sua Palavra. Ele
passou a continuamente pedir e clamar pela sua necessidade de ser guiado pelo
Espírito "sem Ti não posso fazer nada!".
No
domingo pela manhã ele ficou diante da sua congregação de pé e orou,
"Senhor, nós tememos passar por todo este período do culto ouvindo a voz
de homens, ouvindo os nossos hinos, ouvindo a palavra que sai da boca do pastor
falando a respeito da Tua palavra; nós tememos o simples pensamento de que
poderemos sair deste templo, daqui a uma hora, sem ter tido comunhão com aquele
testemunho secreto e soberano que o Teu Espírito coloca dentro dos nossos
corações. Confessamos a Ti os nossos pecados; clamamos e choramos nossa
incapacidade por continuarmos sem a Tua presença; precisamos de Ti. Vem Senhor,
tem misericórdia de nós. Nós podemos erigir o altar, mas só Tu, Senhor, podes
mandar o fogo".
Então
o Espírito de perdão, há tanto tempo entristecido, modestamente voltou
silencioso e soprou sobre todos eles. "
... Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e
cearei com ele e ele comigo... Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz à
igreja" (Ap.3:20).
Geoffrey Thomas
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