O Evangelho: Alguns Zombam, Alguns Esperam e Alguns Crêem.


E, como ouviram falar da ressurreição dos mortos, uns escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos outra vez. E assim Paulo saiu do meio deles. Todavia, chegando alguns varões a ele, creram: entre os quais estava Dionísio, o areopagita, e uma mulher por nome Dâmaris, e, com eles, outros. (Atos 17:32-34)


Em outras palavras, alguns zombaram, alguns esperaram e alguns creram. Ou, podemos dizer que a mensagem do evangelho produz em seus ouvintes provocação, procrastinação ou profissão.


Como a Bíblia explica estas diferentes reações? Os cristãos humanistas explicam as diferentes reações das pessoas ao evangelho pelo livre-arbítrio humano, mas eles não podem mostrar a coerência do livre-arbítrio humano em si mesmo, nem podem providenciar justificação bíblica para ele. Por outro lado, o próprio livro de Atos nos fornece a explicação apropriada, ou seja, que as pessoas respondem diferentemente porque Deus escolheu alguns e outras não:


No sábado saímos da cidade e fomos para a beira do rio, onde esperávamos encontrar um lugar de oração. Sentamo-nos e começamos a conversar com as mulheres que haviam se reunido ali. Uma das que ouviam era uma mulher temente a Deus chamada Lídia, vendedora de tecido de púrpura, da cidade de Tiatira. O Senhor abriu o seu coração para atender à mensagem de Paulo (Atos 16:13-14. NVI).


No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra do Senhor. Quando os judeus viram a multidão, ficaram cheios de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo estava dizendo. Então Paulo e Barnabé lhes responderam corajosamente: “Era necessário anunciar primeiro a vocês a palavra de Deus; uma vez que a rejeitam e não se julgam dignos da vida eterna, agora nos voltamos para os gentios. Pois assim o Senhor nos ordenou: “ 'Eu fiz de você luz para os gentios, para que você leve a salvação até os confins da terra' ”. Ouvindo isso, os gentios alegravam-se e bendisseram a palavra do Senhor; e creram todos os que haviam sido apontados para a vida eterna (Atos 13:44-48).


Lídia creu no evangelho porque “O Senhor abriu o seu coração”, e aqueles gentios que creram no evangelho assim o fizeram porque eles foram “sido apontados para a vida eterna”. Visto que todos os que foram assim apontados também creram (13:48), e nem todos creram, segue-se que nem todos foram apontados para a vida eterna. Da mesma forma, em Atos 17, todos aqueles que foram apontados para a vida eterna creram, e o resto respondeu exatamente como eles deveriam como réprobos que são:


Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus... Os judeus pedem sinais miraculosos, e os gregos procuram sabedoria; nós, porém, pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é escândalo para os judeus e loucura para os gentios; mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus (1 Coríntios 1:18, 22-24, NVI).


Devido à sua própria depravação e loucura, os réprobos consideram a mensagem do evangelho como loucura, mas nós podemos derrotá-los na argumentação:


Pois está escrito: “Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o erudito? Onde está o questionador desta era? Acaso não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio de sabedoria, agradou a Deus salvar aqueles que crêem por meio da loucura da pregação (1 Coríntios 1:19-21, NVI).




Vicent Cheung

O Caminho de Lutero ao Paraíso

Para Martinho Lutero, o triunfo da graça não ocorreu em um jardim, mas em um escritório. E a vitória não ocorreu principalmente sobre a lascívia, mas sobre o temor da ira de Deus. "Se eu pudesse acreditar que Deus não estava irado comigo, pularia de alegria". Ele podia ter falado "soberana alegria".

Mas não conseguia acreditar nisso. E, em sua vida, o maior obstáculo não era
uma concubina em Milão, na Itália, mas um texto bíblico em Wittenberg, na Alemanha [“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” Rm 1.17]. "Uma única palavra em 'Visto que a justiça de Deus se revela no evangelha...' estava medetendo. Pois eu odiava aquela, palavra, 'a justiça de Deus"'.

Ele aprendera que a "justiça de Deus"significava a justiça "com a qual Deus é justo e pune o pecador injusto". ' Isso não concedia nenhumalívio nem era evangelho. Enquanto Agostinho "arrancava [seus] cabelos e batia na testa com [seus]punhos cerrados" em desespero por causa da sua escravidão à paixão sexual, Lutero "se irava comuma consciência aterradora e perturbada... [e] persistentemente golpeava Paulo naquele lugar [emRm 1.17], querendo entender ardentemente o que o apóstolo queria dizer".

Sua vitória aconteceu em 1518, não como acontecera com Agostinho, com o repentino cantar de uma criança, "Tome e leia", mas pelo estudo inexorável do contexto histórico-gramatical deRomanos 1.17. Esse estudo sagrado provou ser uma ferramenta preciosa da graça. "Finalmente, pelamisericórdia de Deus, meditando de dia e de noite, dei atenção ao contexto das palavras, a saber: 'O justo viverá pela fé.' Então comecei a entender que a justiça de Deus é aquela pela qual o justo vive por um dom de Deus, em outras palavras, pela fé.

Aqui senti como se tivesse nascido de novo e entrado no paraíso por portões abertos". Foi essa a alegria que transformou o mundo. Justificação pela fé somente, sem as obras da lei, foi o triunfo da graça na vida de Martinho Lutero. Ele realmente ficou, por assim dizer, de pernas para o ar de alegria, e, juntamente com ele, o mundo inteiro foi revirado. Mas, com o passar dos anos, Lutero se convenceu cada vez mais de que havia algo mais profundo sob essa doutrina e o conflito dela com o aspecto meritório das indulgências e o purgatório. Mas, ao final, o que produziu a defesa mais ardente que Lutero fez da graça onipotente de Deus não foi a venda de indulgências de Johann Tetzel, nem a promoção da idéia do purgatório de Johann Eck. O que provocou Lutero acima de tudo foi a defesa do livre arbítrio feita por Erasmo de Roterdã.

Erasmo foi para Lutero o que Pelágio fora para Agostinho. Martinho Lutero admitiu que Erasmo,mais do que qualquer outro oponente, havia percebido que a impotência do homem diante de Deus, e não a controvérsia sobre as indulgências e o purgatório, era a questão principal da fé cristã. Lutero escreveu seu livro A. escravidão da vontade, publicado em 1525, em resposta ao livro de Erasmo, A. liberdade da vontade. Para Lutero, esse livro que escrevera era o seu "melhor livro teológico e o único digno de ser publicado". E isso porque, no centro da teologia de Lutero, encontrava-se uma dependência completa da liberdade da graça onipotente de Deus para resgatar homens impotentes da escravidão que o livre arbítrio impõe.

"O homem, por si só, não tem a capacidade de purificar seu próprio coração e produzir dons divinos, como um verdadeiro arrependimento de pecados, e, ao contrário do artificial, um verdadeiro temor de Deus, verdadeira fé, amor sincero. A exaltação, feita por Erasmo, do arbítrio decaído do homem como livre para superar seus próprios pecados e sua escravidão era, na mente de Lutero, uma confrontação à liberdade da graça de Deus e, portanto, um ataque ao próprio evangelho e, por fim, à glória de Deus. Assim, Lutero demonstrou ser um estudante fiel de Paulo e Agostinho até o fim.


John Piper.

A cruz de Cristo é a evidência do amor de Deus.

Melbourne, na Austrália, é onde fica o Altar da Recordação, um memorial de guerra em honra daqueles que morreram por seu país. Construído depois da 1ª Guerra Mundial, o monumento passou a enaltecer também aqueles que serviram em conflitos subseqüentes. É um lugar muito bonito, com lembranças de coragem e devoção.

Porém o ponto alto do monumento é um pavilhão contendo apenas uma pedra, com esta inscrição: "Amor maior nenhum homem tem". Todos os anos, no dia 11, no décimo primeiro mês, às 11h, um espelho reflete a luz do sol sobre a pedra, fazendo ressaltar a palavra amor, é um tributo comovente àqueles que deram suas vidas. Nós honramos a memória daqueles que pagaram o preço máximo pela liberdade.

Contudo, as palavras dessa pedra estão carregadas de um significado muito maior. Foi Jesus quem as disse, na noite anterior à sua morte na cruz, pelos pecados de um mundo necessitado (João 15:13). A morte de Jesus não foi para libertar-nos da tirania política, mas para libertar-nos da penalidade do pecado.

Sua morte não foi para dar-nos uma vida melhor, mas para dar-nos a vida eterna. É importante lembrarmos daqueles que deram suas vidas pelo país. Contudo, jamais devemos nos esquecer de louvar e honrar o Cristo que morreu pelo mundo que perecia. Verdadeiramente, não existe maior amor do que esse.


William E. Crowder

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Curiosidades.

O nome "Bíblia" vem do grego "Biblos", nome da casca de um papiro do século XI a.C.. Os primeiros a usar a palavra "Bíblia" para designar as Escrituras Sagradas foram os discípulos do Cristo, no século II d.C.

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