À Procura de Deus.


Nós desejamos é intensificar nossa percepção espiritual, é uma maior identidade com ele, uma consciência mais perfeita da presença divina. Jamais precisaremos gritar como se Deus estivesse ausente. Ele está mais perto de nós que nossa própria alma; mais em nosso interior que nossos mais secretos pensamentos.

 


Por que algumas pessoas "encontram" a Deus de um modo que outras pessoas não conseguem fazê-lo? Por que Deus manifesta sua presença a alguns, e permite que milhares de outros vivam lutando na meia-luz de uma experiência cristã imperfeita ? Naturalmente a vontade de Deus é a mesma para todos. O Senhor não tem predileção especial por ninguém.

 

Tudo quanto ele tem feito por um de seus filhos, está disposto a fazer por todos. A diferençanão está em Deus, mas em nós. Escolhamos ao acaso vinte dos grandes santos de Deus cujas vidas e testemunhos sejam bem conhecidos, dos tempos posteriores as escrituras. Examinando suas vidas, veremos que todas elas são diferentes. Algumas vezes a diferença é tão grande que nos deixa completamente espantados.

 

Quão diferentes eram, por exemplo, Moisés e Isaías; Elias e Davi; que diferença entre João e Paulo, Francisco de Assis e Lutero, Finney e Tomás à Kempis. Essas diferenças são tão grandes como a própria vida humana: diferenças de raças, de nacionalidade, de educação, de temperamento, de hábitos e de qualidades pessoais. Não obstante, todos percorreram cada um dentro de sua própria época, uma estrada excelente na vida espiritual, num nível muito superior ao caminho seguido pelos cristãos em geral.

 

Tais diferenças entre os santos devem ter sido incidentais, e sem a menor significação aos olhos de Deus. Todos eles possuíram uma qualidade vital, que os unificava. Que qualidade era essa? Aventuro-me a sugerir que essa grande qualidade vital que todos os santos do Senhor têm em comum é a receptividade espiritual, que os torna sensíveis as coisas espirituais e os impele em direção a Deus.

 

Sem tentar uma análise profunda, direi simplesmente que tinham certa consciência espiritual, e se empenharam em cultivá-la, até que se tornou o elemento mais importante em suas vidas. Diferiam das outras pessoas porque procuravam satisfazer a fome da alma. Adquiriram, no decorrer da existência, o hábito de abrir o coração às coisas espirituais. Não se mostraram desobedientes às visões celestiais recebidas. Conforme Davi disse, acertadamente: "Quando tu disseste: Buscai o meu rosto; o meu coração disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei." ( Sl 27.8 ) Como acontece com tudo que há de bom no homem, esta disposição favorável também é Deus que opera.

 

Reconhecemos nisso a soberania de Deus, e assim também pensam até mesmo aqueles que não têm se preocupado muito com esse ponto teológico. Por mais simples que seja o fato de reconhecermos que Deus opera tudo em nós, quero fazer uma advertência a respeito de uma preocupação demasiada com este assunto. Pois o exagero é o caminho mais certo para uma passividade estéril. Deus não considera que seja responsabilidade nossa compreender os mistérios da eleição, da predestinação e da soberania divina.

 

A maneira mais segura e acertada de proceder com essas verdades é levantar os olhos a Deus e dizer-lhe em atitude de humildade: "Senhor, tu sabes." Essas coisas pertencem à profunda e misteriosa onisciência de Deus. O sondá-las pode tornar alguém em teólogo, mas jamais fará dele um santo.

 


A sensibilidade espiritual não é uma qualidade isolada; pelo contrário, é mais um conjunto de qualidades, uma mescla de diversos elementos dentro da alma. Trata-se de uma afinidade, de uma tendência, de uma reação favorável, de um desejo de alcançar o mundo espiritual. Disso se conclui que ela pode existir em diversos graus, que podemos possuí-la um pouco mais ou um pouco menos, dependendo exclusivamente de nós mesmos. Pode crescer através do exercício, ou pode definhar pela negligência. Não é uma força soberana e irresistível que nos sobrevém de momento. Realmente é um dom de Deus, mas que deve ser reconhecido e cultivado como qualquer outro dom, para que possa cumprir o propósito por que nos foi dado. O fato de esta verdade não estar sendo compreendida causa muitas e sérias falhas entre os evangélicos de hoje.  

 


A idéia de se cultivar e exercitar a receptividade espiritual, tão importante para os santos da antiguidade, atualmente não tem mais lugar no quadro geral da nossa vida cristã. Geralmente consideramos esse processo muito lento e  simples demais. Queremos uma ação mais rápida. Uma geração de crentes que cresceram apertando botões e lidando com máquinas automáticas, impacientam-se perante métodos mais lentos e menos diretos para atingir os seus alvos.

 

Temos procurado aplicar os métodos mecânicos de nossa época às nossas relações com Deus. Lemos um capítulo da Bíblia, temos um breve momento devocional que logo encerramos afobadamente, e procuramos preencher nosso vazio interior indo a uma reunião evangélica ou ouvindo mais uma história emocionante, relatada por algum aventureiro religioso, que tenha acabado de voltar de algum lugar distante.

 


Os resultados trágicos dessa atitude são visíveis. Vidas superficiais, vãs filosofias religiosas, cultos evangelísticos em que a preocupação é uma programação agradável, a glorificação de homens, a confiança na aparência religiosa, o emprego de métodos seculares na vida da igreja, falta de discernimento entre a personalidade dinâmica e o poder do Espírito: Essas e outras coisas parecidas são os sintomas de uma horrível enfermidade, de uma profunda e grave enfermidade da alma.

 

É mister um coração resoluto, e uma coragem ilimitada, para que nos desprendamos das cadeias de nossa época e retornemos aos caminhos bíblicos. E isso é perfeitamente possível. De tempos em tempos, no passado, certos cristãos agiram dessa maneira. A história tem registrado vários desses retornos, em grande escala, liderados por homens como Francisco de Assis, Martinho Lutero, e Jorge Fox. Infelizmente, no presente, não parece haver nenhuma perspectiva de surgir um Lutero ou um Fox. Se devermos ou não esperar um retorno assim, antes da vinda de Cristo, é uma questão em torno da qual os crentes não estão plenamente de acordo, mas isso não tem uma importância tão grande para nós, por enquanto.

 

 Não digo que eu saiba o que Deus, em sua soberania, ainda poderá vir a fazer em escala mundial, mas o que ele fará para o homem simples, que busque a sua face, creio que sei, e posso dizer. Qualquer homem que se dedicar inteiramente a Deus, começar a exercitar sua vida espiritual, e procurar desenvolver sua sensibilidade para as coisas espirituais, mediante confiança, obediência e humildade, verá que os resultados ultrapassarão a tudo que ele poderia desejar em seus momentos de mais intensa busca. Todo indivíduo que, através do arrependimento e de um retorno sincero a Deus, quiser libertar-se dos moldes tradicionais, e quiser tomar apenas a bíblia como seu padrão espiritual, ficará maravilhado com o que achará nas escrituras.

 

Concluindo: A onipresença de Deus é um fato. Deus está aqui. O universo inteiro está vivo pela sua vida. E ele não é um Deus estranho ou alheio, mas, antes, é o Pai de nosso Senhor, Jesus Cristo, cujo amor, há dois mil anos, tem envolvido toda a raça humana pecaminosa. E sempre busca a nossa atenção, desejando revelar-se a nós e comunicar-se conosco. Temos em nós mesmos a possibilidade de conhecê-lo, se tão-somente atendermos ao seu chamado. (E a isto chamamos de estar à procura de Deus!) E o conheceremos cada vez mais, à medida que nossa receptividade for sendo aperfeiçoada através da fé, do amor, e da prática.




Trecho do livro “À Procura de Deus”, de A. W. Tozer

No capítulo 5 “ A Onipresença de Deus”

Se o Senhor não edificar a casa

A casa é o espaço de comunicação, comunhão, convivência e afetividade de seus membros. Atualmente, com todos os recursos humanos, tecnológicos, científicos, relacionais e os meios de comunicação, a família, que tem no lar o seu ponto de referência, vive momentos dramáticos e desintegradores.

O ser humano anseia por encontrar um lugar de refúgio, de convivência e de paz. Tomar esse espaço parece, a cada dia, estar mais distante das possibilidades da família.

O atual modo de vida dificulta a presença e a comunicação entre os que vivem sob o teto da família. A pressão econômica e social gera sobrecarga de trabalho e responsabilidade acrescentada a seus componentes, destacando-se, em especial, a mulher. É necessário refletir e avaliar esse "estilo de vida".

Temos sido chamados/as a reavaliar a situação em que nos encontramos, visando a alcançar a restauração do espaço famíliar. Há muitos caminhos e meios oferecidos hoje que levam a essa reintegração. Todos são de grande importância, todavia queremos destacar o que diz a Palavra de Deus: "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam" (Salmo 127:1).

Tem faltado uma presença sustentadora, fortalecedora, renovadora e reintegradora de Deus nos lares. Cristo, como o centro de reconciliação da vida e reintegrador da comunhão com o Pai, com o próximo, e da pessoa consigo mesma, nos oferece a graça e o poder para a revitalização da família. A Palavra de Deus coloca a presença divina como fundamental na vida famíliar, dinamizando a espiritualidade pessoal e interpessoal, proporcionando condições para a convivência por meio da graça, do amor, da tolerância, do acolhimento e do perdão.

Não bastam bens, pertences e valores na vida de algumas famílias. É necessária a presença transformadora do Cristo, Aquele que tudo transformou nas Bodas de Caná da Galiléia. Mesmo que a maioria das famílias esteja sofrendo sob o jugo da falta de recursos, de trabalho, de bens fundamentais, de justiça e de paz, a presença Dele pode dar o suporte para a comunhão e a convivência no lar, pois o Senhor está edificando a casa e a Sua presença faz possível a superação de múltiplos obstáculos presentes na vida.


Nelson Luiz Campos Leite

DE QUEM É O CRÉDITO ?

Paulo mostrou que o trabalho de implantar a igreja de Corinto foi um esforço conjuntoentre ele, Apolo e o Senhor (1Corintios 3:5-8). Na verdade, muitos outros se envolveramtambém. No entanto , a questão é que aquilo que Deus deseja é essa cooperação, não competição.


O apostolo Paulo estava falando sobre o inicio de uma igreja , mas os princípios se aplicam no local de trabalho também. Uma contrapartida, a cooperação ao longo do tempo, normalmente, resulta em realizações muito maiores do que as que qualquer individuo poderia ter sozinho. Isso acontece porque os conhecimentos, a visão e a energia investidos na mão-de-obra de uma organização têm um grande potencial. 


Contudo, esse potencial nunca será viabilizado se cada um tiver como principal objetivo receber crédito pelos resultados. Vãos (Gr.Mataios)(1 Co 3:20 ;1Co 15:17 ; Tt 3:9 ; Tg 1:26).Esse termo grego sem sentido e sem propósito. Os escritores do Novo Testamento, especialmente Paulo, usavam-no para descrever a falta de sentido que permeia a vida do ímpio. Paulo caracteriza os pensamentos dos sábios como sendo vãos (1Co 3:20) e descreve que os gentios estão vivendo na vaidade do seu sentido, entenebrecidos no entendimento, porque estão separados da vida de Deus (Ef 4:17-18).


As idéias dos que não são regenerados são vãs e sem propósitos, pois lhes falta revelação divina. Eles geram uma vida marcada pela falta de propósitos e pela ineficácia. O meio de livrar-se dessa futilidade provém do Espírito de Cristo que habita nos cristãos (Rm 8:10,11,26,27).


“O novo comentário bíblico do novo testamento”.Editora central gospelDe Earl D.Radmacher - Ronald B. Allen . H. Wayne House

Busca

Curiosidades.

O nome "Bíblia" vem do grego "Biblos", nome da casca de um papiro do século XI a.C.. Os primeiros a usar a palavra "Bíblia" para designar as Escrituras Sagradas foram os discípulos do Cristo, no século II d.C.

Você Crê em Jesus? clique aqui